sábado, 24 de outubro de 2009

Doe milhões, população pobre!

Podem me xingar, mas sou contra essas campanhas televisivas a la "Criança Esperança", "Teleton" e afins. Não que eu seja contra o objetivo das campanhas. Sim, investir no futuro de crianças é fundamental. Mas eu sou contra com a forma de captação de dinheiro, com a exploração da audiência, com a inversão de valores. Explicarei: por que suplicar à população sofrida, que mal tem dinheiro para comprar a comida do mês, para que ela doe milhoões às campanhas, se empresas que custam milhões e milhões e milhões não fazem sua contribuição. Nem mesmo o governo! Me diz, quantas empresas de grande porte precisariam para se conseguir, por exemplo, os 19 milhões de reais sonhados pelo Teleton este ano? Poucas. Agora, me diz: e quantos trabalhadores que ganham seus míseros salários mínimos precisariam para conseguir o mesmo? Entendo onde quero chegar? Sempre cai tudo para cima da população: na hora da desgraça ou na hora da solidariedade, é ela que paga os custos. Sempre!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Gota por gota

Uma vez aprendi com um diretor de cinema que muitas vezes cenas de chuva são usadas para mostrar a mudança de uma história. Então vou te pedir uma coisa: toda vez que você ouvir a chuva cair, lembre do meu beijo selado embaixo da chuva protegidos em meu carro, pense que nossa história também mudou quando nos encontramos naquele sótão silencioso, que por cima das telhas frias, as mesmas gotas de chuva nos molhavam e nos aproximavam!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Caixa de lembranças

Todos têm, em algum lugar de nossas casas, muitas vezes guardado a sete chaves, um cantinho das lembranças. É aquele lugar, aquela caixa, aquele saco, aquela gaveta onde estão memórias de um passado muitas vezes difícil de ser apagado. É uma fotografia daquele momento inesquecível, uma aliança corroida pelo tempo, uma carta amarela que ainda preserva aquele perfume, um presente, um bilhete, um mísero pedaço de lembrança que só de lembrá-lo nos transporta novamente para anos atrás.

E como é difícil jogar fora tudo isso, não é mesmo? Prova disto é a lágrima que escorre ao vasculhar pelo cantinho das lembranças. O sentimento até pode ter passado, o amor, o rancor, o ódio, a saudades, a vontade, o desejo, o sonho; porém a lágrima continua salgada, pesada, triste, fria! E é tão difícil enxugá-la quanto nunca mais fazê-la escorrer.

Eu tenho uma caixa de madeira com meu passado, escondida dentro de meu guarda-roupas. Nela tenho dezenas e mais dezenas de cartas, de amores, de amigos, de família, de admiradores, de pessoas que se perderam no tempo. Nela tenho fotografias, com sorrisos completos, com olhares perfeitos, com simetria e nostalgia. Nela tenho duas alianças que vez ou outra ainda as coloco no dedo, apenas para sentir novamente o tintilar do ferro do meu dedo. Nela tenho bilhetes de viagens, flyers de restaurantes, tickets de peças de teatro e de cinema, mapas de roteiros, guardanapos desenhados, cartões-postais com dedicatórias.

Nesta caixa tenho anos e mais anos de uma vida muito feliz, uma vida apaixonada, um vida de aventuras, de amigos, de amores, de sentimentos, de sensações, de crises de riso e de choro, de beijos e abraços esquecidos, de silêncios imortais e conversas infinitas. Esta caixa, esses poucos centímetros quadrados revestidos de madeira macia, contém algo que hoje me faz ser esta pessoa forte que sou: minha evolução.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aquele sentimento

Eu sinto falta de amar, daqueles momentos bestas de quando se ama, como o frio na barriga quando o telefone toca ou aquele papel de bombom guardado na agenda para lembrar do dia em ele foi dado por comemorar, sei la, duas semanas de namoro. Quando foi a última vez que eu escrevi uma carta contando que eu amava a pessoa e, mesmo ela já sabendo do meu amor, passava meu perfume na carta para ela sempre lembrar de mim?

Quando a gente ama, uma das fases mais deliciosas de nossa vida volta à tona: a infância. Nos sujamos com mostarda no Mc Donalds e temos ataques de risos em um jantarzinho rápido numa quarta-feira chuvosa só para matar as saudades. Nos colocamos apelidos bobos, mas se tornam as palavras mais deliciosas de serem ditas. Brincamos de fazer cócegas, vamos assistir comédia no cinema, nos jogamos água na piscina, fritamos rosquinhas durante uma madrugada que os pais viajaram e a casa ficou vazia.

Até os clichês pseudo românticos se tornam necessários, como o "ligar toda noite para dar boa noite", ou "lembrar do dia do primeiro beijo, da primeira transa, do primeiro mês, de onde foi pedido o namoro, onde foi comemorado o aniversário de namoro, qual o primeiro presente". Tem aquele momento marcante da primeira vez que é dito "eu te amo". Nossa, esse momento é fantástico, nenhum dinheiro do mundo conseguiria comprá-lo.

O amor não se incomoda com a pancinha de chopp, com o ronco, com a dualidade de um comer só maionese e o outro ser tarado por ketchup, com a espinha no nariz, com o cigarro fumado. Pode se incomodar com aquele amigo que quer leva-lo sempre para a balada, ou aquele ex chato que insiste em reaparecer, ou até mesmo aquela foto sem camisa que ele colocou no orkut e um monte de gente comentou. Mas o amor vence, e transforma a dificuldade em risada.

Se tudo isso não acontece, não é amor, não são as 3 palavrinhas reais. É paixão, é comodismo, é vunerabilidade, é euforia. Amor é calmo, amor completa, amor começa, amor compartilha.

É...amor...sinto saudades de ter você na minha vida!