Chega aquele mês que eu tanto adoro e tanto tenho medo. Adoro dezembro pois ele é a certeza de que outros 11 meses se passaram e, cansativos ou não, difíceis ou não, pesados ou não, proveitosos ou não, foram vencidos. Você olha para trás e vê os beijos que você deu, os abraços, as lágrimas, as promessas compridas (e as esquecidas), os trabalhos, as brigas, os olhares sem graça, as pessoas que te interessaram, os foras que você recebeu, as cantadas, os elogios, as viagens que fez, aquele maravilhoso sanduíche que você comeu, a camiseta que virou sua preferida, o computador que foi pra assistência técnica, o carro que você bateu, a noite de sexo perfeito que não se repetiu, o remember histórico com o ex, o corte de cabelo que você fez sozinho no espelho e ficou torto, os amigos com quem brigou, os amigos que conheceu, os amigos que esqueceu, os amigos que você quer desculpar, que querem que se desculpem, que quer que te desculpem, os amigos que ficaram ao lado em todas as situações, o professor que você desejou, a professora com quem você foi mal educado, o bolo de aniversário surpresa, a dor de garganta, a operação médica, a gripe que pegou, a cachorra de infância que faleceu e te fez muito triste, aquele pôr-do-sol no retrovisor do carro no trânsito parado que te prendeu a atenção em muitos momentos, aquele sonho que alcançou, aquele pesadelo que te fez acordar, aqueles meses gostosos, tristes, e gostosos...
E o medo... o medo é que logo mais são mais 12 meses, de abraços, lágrimas, hamburgueres, viagens, cortes de cabelo e amigos. Será que você está preparado para mais um ciclo? O que deve entrar na lista, o que deve sair da lista? Ou melhor: você consegue segurar essa lista?