São dias únicos, não ruins, nem bons, apenas únicos. Dias em que é bom pensar, analisar a vida, pensar nos problemas, no futuro, entender o passado. Dias em que as palavras não precisam sair da boca para serem entendidas. Um simples olhar basta, e como basta.
Nesses dias dá vontade de chorar, de fugir da rotina, de se esconder. Sabe o que faço nesses dias: pego meu carro e ando pela cidade. São Paulo é um lugar que te dá respostas em dias assim. As luzes da cidade, o movimento, um mar de pessoas solitárias, voltando para suas casas cansadas, muitas desesperançosas, muitas indas e vindas automáticas. Andar na Avenida Paulista é uma terapia nesses e em muitos outros dias. Gosto da sensação de estar sozinho no meio de centenas de pessoas que se cruzam todos os dias mas nunca pararam para se conhecer.
Ando numa fase estranha. Fazia tempo que não me sentia assim, com tantas crises de "down down down". Mas, de certa forma, está sendo bom. Quando me afasto um pouco de mim mesmo consigo perceber o Paulinho que está do outro lado. Talvez esse Paulinho não esteja indo nos caminhos que deveria estar. Sei lá, 6º sentido. Quero tentar voltar a ser o Paulinho de antes, o Paulinho mais sentimentalista e menos emblemático. Talvez eu esteja conseguindo, ao menos minhas palavras estão voltando. Graças ao blog. Graças aos amigos. Graças aos obstáculos que estou enfrentando.
Hoje, tive companhia em minha fuga. Driko, um amigo, um irmão, um confidente, alguém que amo sem precisar explicar. Driko, obrigado por hoje. Obrigado São Paulo pela tão eterna companhia.
Um comentário:
se tem uma coisa que eu nao faço quando to num dia desse é sair e pegar transito. andar de carro nesse pais é terrivel, mta gente sem educaçao que acha que soh pq tem carro pode tudo. quando quero me encontrar, faço algo util, faxino a casa, organizo coisas ou simplesmente fico assistindo tv.
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