Eu havia escrito um texto enorme para ser publicado sob este mesmo título, contando minhas experiências amorosas em 2009. Coincidência ou não, por um deslize do meu dedo no teclado no notebook eu acabei fechando-o, sem salvar. Digo coincidência pois foi exatamente isso aconteceu durante todo o meu ano no campo amoroso: sucetivos relacionamento rápidos que eram fechados do nada, por deslizes, erros ou simples coincidências.
O ano começou com uma tentativa frustrada de volta de namoro com um ex namorado que tanto gostei. A ideia de voltar com um ex, de ter uma segunda chance, de ir contra a opinião de todos (que não entendiam a volta) parecia excitante, íamos provar ao mundo que poderíamos nos amar de novo. Não aconteceu isso. Foi tudo mágico, tudo esperançoso, mas durou 2 semanas até que o namoro (pela segunda vez) terminou por "não dar certo". Ex bom é ex morto? Talvez ex bom é ex amigo e só!
A partir de então começou a fase mais solteiro de toda a minha vida. Eu, que sempre fui muito namorador, aprendi a ser solteiro. Beijos vazios em balada, relacionamentos de uma noite só, não pegar número do telefone, ignorar pedidos românticos...tudo o que até então muitos já haviam feito comigo eu segui fielmente a cartilha. Por vingança? Não, jamais, apenas por preguiça de me envolver.
Tive algumas paixonites. Pessoas que conheci e que realmente me interessaram. Teve um que me ensinou a gostar do Pequeno Príncipe. Teve um que era mais velho e tatuado (e todos sabem que odeio tatuagens). Teve um que parecia um gentleman inglês. Teve um que era moderninho ao extremo. Teve um que tinha sotaque caipira. Teve um que trabalhava na mesma empresa que eu. Teve uns.
Porém, todos, sem exceções, duraram seus 10, 15 dias no máximo. Uns sumiram, outros disseram que não queriam mais, outros começaram a desconversar, outros foram explícitos, outros foram covardes. Todos não vingaram. Por que? Não sei até hoje. E nem quero saber, foram momentos agradáveis, mas meu orgulho ferido não me deixa pensar nos "términos".
Teve também um término, talvez um dos mais difíceis, na minha vida amorosa até então. Um grande amor interurbano, que por algumas vezes comentei aqui neste blog, me apunhalou pelas costas. Alguém que eu sempre abri minha casa e meu coração e resolveu pular para a casa do meu melhor amigo e morar no coração dele. Sem aviso prévio, por debaixo dos panos, longe das luzes. Uma traição que me doeu como nunca pensei que poderia doer. Palavras baixas, lembranças desgastadas, fotos rasgadas e lágrimas recolhidas.
Foram dias difíceis para entender que um amor não é para sempre e que sim, ele pode escolher seu melhor amigo depois de um tempo. O rancor demorou a passar. Mas, para conseguir dormir melhor, precisei deixar de lado meu egocentrismo e perdoar. Perdoar o melhor amigo, não o amor. Melhores amigos merecem respeito, amores que fazem isso não.
Agora, meu ano termina da mesma maneira que começou: com esperanças de um ano melhor. A diferença é que há um certo alguém entrando na minha vida, um alguém diferente dos alguéns que costumam entrar nela. E estou feliz com esse alguém, um alguém recente que me faz bem. Os tempos de solteiro me ensinaram a não idealizar as pessoas, a não sofrer demais, a não ser tão possessivo, tão ciumento, tão ansioso, tão eu. E eu aprendi bastante viu, ah, aprendi. Por isso esse alguém eu levo comigo de maneira natural, maneira leve, com gosto de sanduice natural com patê de atum fresco e picles. Um alguém leve. Um ano leve, é isso que desejo para meu coração.
sábado, 19 de dezembro de 2009
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