segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

2009 - Trabalho

O ano começou com muitas dúvidas, muita pressão, muita ansiedade. Eu havia acabado de me formar na faculdade, já era oficialmente um jornalista, e estava desempregado. A Revista DOM, até então onde eu trabalhava, havia fechado suas portas no final de 2008 e estávamos num grande empasse: seguir em diante ou esperar a DOM voltar, de alguma forma, à ativa? Esperamos. Deu certo!

No final de janeiro nos reunimos e soubemos que a revista voltaria numa nova editora, a mesma da G Magazine, que tudo seria um pouco mais complicado (equipe menor, salários menores, mais trabalho), embora todos estivessem felicíssimos ao saber que voltaríamos a trabalhar (e seria na Avenida Paulista, um sonho meu até então). Pautas começaram a ser organizadas, matérias formuladas e antes mesmo de começarmos no novo local, meu diretor me ligou numa quinta-feira e disse "Prepare suas malas, na segunda você viaja para Recife para cobrir um fan tour!".

Tremi nas bases! Foi a primeira viagem que fiz a trabalho sozinho. Embora ansioso, tudo foi extremamente maravilhoso. Me apaixonei pela cidade, pelas pessoas, pelas situações que vivi. Comi em restaurantes chiques, fui a festas como super convidado, conheci estabelecimentos fodidos e ainda tive o privilégio de andar num monomotor nos céus de Recife, uma das sensações que jamais esquecerei. Depois, logicamente, encantado pela semana que passei lá, consegui escrever uma matéria fantástica.


Na volta da viagem, já com nova casa da revista, as coisas começaram a caminhar de uma maneira estranha. Organização interna muito ruim (fiquei 1 mês sem computador próprio), salários atrasados, falta de recursos, mudanças administrativas, incertezas, momentos de revolta contra a diretoria. Cheguei a "fazer a menina do RH chorar" pois eu estava "desequilibrado" por não receber em dia meu salário e fui chamado até de "revolucionário socialista" pelo dono da editora.

Precisamos de pouco tempo para sabermos que este dono era um gay mal-caráter, com muito dinheiro e nenhum respeito para com as pessoas, que era adepto ao trabalho escravo e não dava a mínima para o direito dos trabalhadores. Trabalhávamos muito, ganhávamos pouco, brigávamos muito (por conta do ambiente nada acolhedor), mas mesmo assim continuávamos sendo muito profissionais perante essas dificuldades.

Em maio, em um momento de loucura, tive a feliz oportunidade de fazer um bate-e-volta para o Rio de Janeiro por conta de uma pauta. Eu, minha editora e meu editor fomos de ônibus, ficamos hospedados na casa do figurinista da Rede Globo, bebemos na praia, andamos por vários lugares, nos divertimos, tudo em apenas 2o horas de estadia. O dinheiro da viagem nunca foi reembolsado pela editora, mas foi uma experiência bem gostosa.



Embora desestimulado, tive a oportunidade de acrescer em muito meu porfolio de jornalista. Fiz diversas matérias de viagens, saúde, fitness, comportamento, diversidade sexual, bem-estar, entre outros. Matérias que me deram muito prazer em escreve-las (embora as matérias de viagens eu as fazia pelo google, e não in locu!).

Apenas 5 meses se passaram na DOM na nova editora e o dono dela (o mal-caráter) resolveu fecha-la! Fomos mandados para a rua de um dia para o outro, de uma maneira vergonhosa. Fomos embora sem dar se quer um tchau, de tanto rancor, de tanto raiva, de tanto ódio que estávamos daquele situação. Como recompensa, não chegamos a receber nosso último salário (até hoje!).

E então o desemprego bateu à minha porta. Mandar curriculuns, falar com contatos, e nada. Comecei a fazer freelas mensais para a revista A Capa, do mesmo segmento que a DOM. Foi (e está sendo) interessante pois as pessoas que trabalham lá são queridas e eu gosto muito do que escrevo, embora não consiga pagar minhas contas só com isso. Ainda neste ano, creio eu, sairá também uma matéria minha para a Revista Capricho, minha primeira matéria na Editora Abril, um passo legal na carreira.

Enquanto isso, também cheguei a realizar um freela com minha irmã de pesquisa quantitativa. Descobri que um analista de mercado sofre muito, dorme pouco e fica traumatizado durante o processo, mas tem seus momentos de alforria (e custo-benefício interessante!).

Aqui estou, ainda desempregado, esperando que 2010 dê um up em minha carreira. Planos de cursos de línguas e pós-graduação estão em pauta, assim como cadastros em sites de empregos. Que minhas preces (ou meu curriculuns, no caso) sejam atendidos no ano que vai nascer.

Um comentário:

Pedro disse...

Relaxe!
2010 na numerologia é um ano muito bom, o ano do 3. Ano de mudanças e reviravoltas!
As minhas já começaram!
Entrei há um tempe aqui, e lhe questionei se a sua situação já tinha mudado, pois eu me encontrava quase na mesma. Freelas e mais freelas, que davam uma grana, mas não o suficiente.
Sou designer, publicitário, comunicólogo e aprendiz.
Agora estou numa agência, deixando as coisas acontecer, e 2010 já começa muito bem.
Não te conheço e você não me conhece, mas estou torcendo para que tudo de certo pra ti!

Feliz 2010 então!