domingo, 26 de dezembro de 2010

Adeus ano velho

Um bom ano, um ano bom. Feliz 2011, adeus 2010. Muitas poesias, ventos sul, mudanças e barras de chocolate e beijos de mel para todos (e notas de 50 reais no bolso)!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dezembro

Chega aquele mês que eu tanto adoro e tanto tenho medo. Adoro dezembro pois ele é a certeza de que outros 11 meses se passaram e, cansativos ou não, difíceis ou não, pesados ou não, proveitosos ou não, foram vencidos. Você olha para trás e vê os beijos que você deu, os abraços, as lágrimas, as promessas compridas (e as esquecidas), os trabalhos, as brigas, os olhares sem graça, as pessoas que te interessaram, os foras que você recebeu, as cantadas, os elogios, as viagens que fez, aquele maravilhoso sanduíche que você comeu, a camiseta que virou sua preferida, o computador que foi pra assistência técnica, o carro que você bateu, a noite de sexo perfeito que não se repetiu, o remember histórico com o ex, o corte de cabelo que você fez sozinho no espelho e ficou torto, os amigos com quem brigou, os amigos que conheceu, os amigos que esqueceu, os amigos que você quer desculpar, que querem que se desculpem, que quer que te desculpem, os amigos que ficaram ao lado em todas as situações, o professor que você desejou, a professora com quem você foi mal educado, o bolo de aniversário surpresa, a dor de garganta, a operação médica, a gripe que pegou, a cachorra de infância que faleceu e te fez muito triste, aquele pôr-do-sol no retrovisor do carro no trânsito parado que te prendeu a atenção em muitos momentos, aquele sonho que alcançou, aquele pesadelo que te fez acordar, aqueles meses gostosos, tristes, e gostosos...

E o medo... o medo é que logo mais são mais 12 meses, de abraços, lágrimas, hamburgueres, viagens, cortes de cabelo e amigos. Será que você está preparado para mais um ciclo? O que deve entrar na lista, o que deve sair da lista? Ou melhor: você consegue segurar essa lista?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Scissor Sisters

Eles são sexuais, são posers, são perfomáticos, são gays ao quadrado, são lindos e cantam fantasticamente. E o show deles é tudo isso junto, deliciosamente misturado!

domingo, 21 de novembro de 2010

Mika, um sonho realizado


Um dos momentos mais incríveis da minha vida. Sou fã desse cara faz anos e sempre sonhava em assistir a um show dele. É, agora meu sonho foi realizado e continuo anestesiado com a sensação de gritar, pular e cantar muito ao som ao vivo dele. Mika, você é o cara!


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Olho-La(r)go


Aquela deliciosa sensação
do tesão, da tensão,
do elogio despretensioso,
das palavras bem escolhidas,
do sorriso malicioso,
da vontade descabida

Do olho-la(r)go, fiquei vidrado
do abraço desajeitado aberto
do olha-e-disfarça entimidado
mensagens, desejo, certo

Interesse, te chamei
da poesia, me usei
do teu beijo, ah...degustarei!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Caixa de domingo















O quarto silencioso, desarrumado, apático e pesado. As roupas espalhadas pelo chão, a televisão sem som, a luz amarelada do quarto ao lado passando pela fresta, o frio gelado entrando pela janela não totalmente fechada. O peito aperta, dói, sufoca sob o pijama velho e já gasto pela noite e pelo dia gastos sob o edredon amarrotado. E então ele abre o armário e suas mãos vão agilmente atrás daquela caixa meio marrom, meio colorida, meio velha, meio aberta, escondida ao lado das camisas e abaixo dos cabides. Ele sabia porque queria aquela caixa. Leva a caixa para sua cama. Senta. Silêncio. Abre. Silêncio. Respira. Silêncio. E da caixa começam a sair ingressos antigos de cinema, presentes de amores antigos, declarações de amigos, objetos comuns mas com grande cunho psicológico. E então ele vê aquelas duas cartas dobradas, a do papel verde, a do papel azul. Ele não precisa abrí-las para saber de quem eram. Ele sabe cada detalhe daquela carta, que até então ficava em um cofre e por muito tempo ficou em sua carteira. Eram as cartas dele, daquele que ainda mora em seu coração, mas com os anos passou a ficar trancafiado por motivo de segurança (do próprio coração). Ele abre a primeira. Setembro de 2006. Quatros anos atrás. A primeira carta. A letra de forma, a assinatura "seu namorado que te ama muito", as declarações bem humoradas. Lágrimas caem de seus olhos, caem fortes, silenciosas e fortes. E ele abre a segunda carta. Uma carta de 6 meses de namoro. A letra já é cursiva, mas as piadas doces e engraçadas estão lá, e o amor é maior, se sabe que é mais forte. Fala sobre o ronco, fala sobre as mancadas, fala sobre o amor, fala sobre o ronco. E como ele ri quando lê sobre o ronco. Tinha esquecido sobre o ronco, assunto que era tão engraçado quando eles estavam juntos. Mas lá se foram os quatro anos. As lembranças ficam guardadas, secretas, como aquelas cartas. Às vezes elas se abrem, às vezes elas choram, mas no fundo ficam sorrisos. E uma caixa que volta para o armário. E um quarto que continua silencioso, vazio, desarrumado. E as bochechas molhadas. Foi mais um domingo difícil. A segunda-feira chegou. Onde está a caixa da segunda?

domingo, 17 de outubro de 2010

Quando alguém vai embora

Quando nos afastamos de alguém de quem gostamos, mesmo sabendo que essa pessoa está bem, experimentamos um sentimento de perda. Por que isso acontece, mesmo sabendo que não há perda de verdade?

Eugenio Mussak

Cheguei a Uberlândia para proferir uma palestra para pais e professores de um colégio local. Uma simpática professora me esperava no aeroporto e fomos conversando sobre o ambiente escolar, sobre a alegria dos alunos, suas dificuldades, sobre a indisciplina, a comunicação entre gerações diferentes, coisas assim. A palestra seria à noite, mas eu havia pedido para conhecer o colégio, pois tínhamos algum tempo.

No caminho ela me disse algo curioso, como que preparando meu espírito: “Não estranhe, professor, nosso colégio normalmente é muito alegre, mas hoje o ambiente está triste. Provavelmente você vai ver algumas alunas chorando”. Não consegui não estranhar o comentário. Quando perguntei o que tinha acontecido, ela explicou: “É que é o último dia da Candice, uma aluna de intercâmbio do Canadá. Ela está indo embora amanhã”.

E ela tinha razão. Em vários momentos senti a tristeza no ar, como se houvesse um luto. A Candice devia ser muito querida, pois sua despedida estava repercutindo em todo o colégio. Era o mês de agosto e ela tinha que voltar à sua terra, onde as aulas começam em setembro. A menina voltaria para Vancouver, a bela cidade da costa oeste canadense, e o colégio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, seguiria sua rotina, mas não seria mais o mesmo. Candice teria deixado uma marca na vida de colegas que tinham se acostumado com sua presença, sua alegria. A poderosa marca da amizade.

Durante minha palestra não pude não me referir ao fato. E lembrei que um colégio é uma espécie de entreposto de emoções, pois por ali passam anualmente alunos, professores, pais, funcionários, criando um ambiente de convivência, com idiossincrasias, alegrias e tristezas. E de repente vêm os fins de ano, as formaturas, e com isso as alegrias dos novos ciclos e as tristezas das despedidas.

Os garotos e garotas de certa forma estão sendo preparados para o que se repetirá ao longo de suas vidas. Encontros e separações, afinidades e desencontros. Pessoas que invadem nossa alma como posseiros, semeando ilusões que se dissolvem quando ouvimos um “Tchau, estou indo embora!” Como assim? Você me conquistou, tornou-se meu amigo, uma pessoa importante que agora simplesmente vai embora?

Você é responsável por mim – diria o Pequeno Príncipe –, pois você conquistou minha amizade e afeto. Agora assuma sua responsabilidade! Eu bem que gostaria, mas é a vida que não deixa. Ela tem uma lógica própria que não respeita os viventes – responderia o homem grande. A lógica da vida é que temos que seguir nossos rumos, fazer nossa parte dentro do grande agrupamento humano. A vida segue seu curso e nós fi camos chorando nossas perdas nas esquinas, mesmo sabendo que há novas conquistas ao atravessar a rua.

Percebemos, então, que havia um clima estranho entre nós, como se os sentimentos estivessem embaralhados. E estavam. Foi quando um colega, estressadíssimo, entrou no vestiário dos plantonistas proferindo palavras de desabafo, todas impublicáveis. Outro colega, então, fez um comentário lento e profundo: “Sabe, vou sentir muita falta de seu mau humor, meu caro”.

O riso foi geral e o primeiro colega teve que aguentar muita gozação. Mas depois nos detivemos a pensar se seria mesmo possível sentir falta do mau humor de alguém. É claro que não era da cara de azedo que o colega estava portando naquele momento que sentiríamos falta. Era dele. Com todas as qualidades e defeitos que ele e todos nós temos. Seu desabafo naquele momento não era só seu, era de todos nós, pois ele era um de nós. Alguém do grupo, da tribo que tinha passado seis anos junta, estudando, sonhando, brincando, jogando bola, tomando cerveja.

Seis anos que, quando se tem 20 e poucos, parecem muito mais. Entramos calouros ingênuos, felizes, mas excitados com a expectativa do curso de medicina que começava. Estávamos saindo doutores, também ingênuos, também alegres, e também excitados com a expectativa da vida pela frente.

Nesse tempo experimentei o espírito de coleguismo verdadeiro. Eu estava feliz com o fim de curso e com o começo de uma nova vida, mas como faria para viver sem a presença da amizade constante deles? Eles estavam indo embora, todos estávamos. Alguns ficariam na cidade, outros não. A tribo, enfi m, estava se espalhando pelo planeta. Agora era cada um por si.

Não sei onde está a maioria de meus amigos. Não sei se tiveram carreiras brilhantes, se casaram, quantas vidas salvaram. Talvez alguns já tenham partido definitivamente. Mas, por outro lado, sei, sim, onde eles estão. Em minha memória, e em um canto especial de meu coração. Que bom que eu tenho de quem lembrar, de quem sentir saudades e a quem agradecer por ter feito parte de minha história e por me ajudar a ser quem hoje sou, este conjunto de retalhos da vida que passou... e que segue.

fonte: http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/096/pensando_bem/quando-alguem-vai-embora-595259.shtml

domingo, 22 de agosto de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Neuroniando

Cansado. Abatido por batidas sucessivas e infundadas. Fundidas em pensamentos rasos e ações desmedidas. Uma escalada sem escala e limites. Palpites. Só palpites. Onde acaba essa estrada? Que jornada! Que nada. Escuro e irreal, boquiaberto o esperto reclama da dona da razão. Espanta a emoção da vontade em retrucar, retrucar, retrucar. Cutucar? A onça poderosa, de salto alto e emails insensíveis. E o jovem desiludido, partido em mil encruzihadas, se pergunta se essa cilada tratá um retorno positivo. Paciência, a virtude (falta de atitude?) dos desiludidos. Mais um céu negro se abre no horizonte, e o restante se deita sob seu leito. Suspeito. Intrigado. Apenas...cansado!

domingo, 4 de julho de 2010

Uma nova escala

Lembro-me com todos os detalhes daquele dia: uma sexta-feira de julho, eu com minha camisa preta, meio de social, meio desajeitado, ansioso, entrando naquele prédio da Vila Olímpia, entrando pela primeira vez numa redação de revista, ansioso, inexperiente, medroso, despreparado, escondido.

Era lá que começava minha história como jornalista, minha trajetória pelo mundo das revistas, meu aprendizado como profissional.E, a partir de então, escrever para revistas se tornou uma paixão, uma deliciosa vontade, um trabalho muitas vezes nem visto como trabalho, mas sim como hobby. E foi a Revista Forbes. E foi a Revista Viver Bem E foi a Revista DOM. E foi a Revista A Capa. E foi a revista Capricho. E foi a Revista Runner. E logo mais será a Revista Up.

E agora, uma nova escala começa na minha vida, uma nova fase se inicia em minha carreira. A partir desta semana começa mais um desafio em minha breve (4 anos é breve) carreira como jornalista. Espero, como em todos os trabalhos anteriores, aprender muito, crescer muito, ensinar muito e fazer com que meu desenvolvimento se reverta diretamente no desenvolvimento de mais uma revista. Que os bons ventos jornalísticos se assoprem em minha direção.

Lembro-me com todos os detalhes daquele dia: uma sexta-feira de julho, eu com minha camisa preta, meio de social, meio desajeitado, ansioso, entrando naquele prédio da Casa Verde. Mas agora não mais despreparado, nem medroso, nem escondido. E entro no prédio com a certeza de que posso encarar esse desafio.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Cheesecake de abobrinha

Já pensou misturar a delícia de um cheeascake com a irreverência de uma abobrinha? Não? Acesso: http://cheesecakeabobrinha.blogspot.com/. Vocês vão se apaixonar!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vamos viajar?

Sempre digo que o dinheiro mais bem gasto é o utilizado em viagens. Viajar é crescer, é nascer de novo, é descobrir novos mundos. Desta forma, para os viajantes de plantão como eu, aí vai uma dica: a rede social Viajamos.com.br (http://www.viajamos.com.br/). É uma rede social muito interessante, cheia de dicas de viagens, destinos, passagens, promoções. Vale muita a pena fazer um cadastro nesta rede e trocar experiências. Quem entrar, me ache: Paulo Roberto Miniaci Basile. Vamos viajar juntos?

sábado, 5 de junho de 2010

A garoa

O silêncio conversa no escuro
Com palavras suadas e perdidas
O coração bate atrás do muro
Palpitações ofegantes e ardidas

As gotas batem no telhado
Um sintilar suave e triste
Escorrem no caminho sonhado
Desiludido pela mentira que insiste

Solidão, por que continuas?
Acompanha a garoa tão fina
Sob as nuvens frias e cruas

Coração, por que desafina?
Não te cansas da procura nas ruas
O amor pode estar...virando a esquina

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dia da Internet

Há quatro anos a ONU decretou dia 17 de maio como Dia Mundial da Sociedade da Informação. Um viva à internet, que vem me trazendo experiências senacionais desde que eu a descobri. Viva!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Homossexualidade na tela

Nos últimos três dias assisti três obras com a temática voltada para a homossexualidade e gostaria de compartilhá-las com vocês.

O primeiro filme foi Shortbus, do diretor John Cameron Mitchell, que conta a história de personagens interessantíssimos: uma terapeuta sexual de casais que nunca teve um orgasmo, um casal de gays que anda com dificuldades no namoro e pensa em abrir a relação, uma dominatrix que mantem sua vida pessoal em sigilo e não consegue se abrir para as pessoas, um voyer que acompanha de perto, escondido, toda a vida do casal gay, entre tantos outros. Todos os personagens frequentam o Shortbus, um bar/balada/casa de sexo em que a liberdade é a grande palavra de ordem.

O filme chocou Cannes quando foi exibido, pelas fortes cenas de sexo explícito e pelo conteúdo libertário de suas falas. Talvez por isso eu tenha ficado muito pensativo após assisti-lo. Atualmente no universo gay há mais liberdade sexual do que emocional. Os gays em geral conseguem muito mais ir para uma sauna transar com quantos quiserem do que pronunciarem um "eu te amo". E não digo isso por falso moralismo. Apenas entendo que hoje em dia a liberdade que temos de nossos corpos, de nossas vontades sexuais, de nossos desejos, é extremamente superior à liberdade de expormos nossos reais sentimentos.

E isso foi uma construção realizada por todos: a sociedade conservadora, o preconceito (mesmo o velado), o conservadorismo e, pasmém, os próprios gays. Sim, os gays optaram por seguir neste caminho. É como se a sociedade gay vivesse em um grande ciclo, visivelmente identificado nas últimas décadas: primeiro o anonimato por medo do conservadorismo, depois a explosão dos direitos gays, do sexo, a grande disseminação da AIDS, depois a retomada de uma vida "igual entre todos", sem levantar a bandeira gay, e agora novamente a liberdade do corpo. Confesso: tenho um pouco de medo de como esta geração será daqui 30 anos (e me incluo neste pensamento).

A segunda obra que assisti foi o engraçadíssimo filme The Big Gay Musical, de Fred M. Caruso, composto por um elenco inimaginável de artistas da Broadway e até pelo ator pornô Brent Corrigan. O longa conta a hilária história de backstage do mundo dos musicais, com direito a todos as características de um enredo com temática gay: saída do armário, virgindade, sexo casual, paixões difíceis, aceitação, conservadorismo da Igreja.

O filme é realmente impagável e se tornou um dos hits nos EUA. Por trás das piadas muito bem produzidas e do cotidiano de jovens gays que sonham com a felicidade, há uma enorme crítica às religiões que protestam contra a homossexualidade, levantando a bandeira "de que Deus é contra os gays". Além da trama bem interlaçada (embora com alguns clichês), obviamente, há as músicas deliciosas que compõe o filme (além de corpos ainda mais deliciosos).

Por último, assisti ao programa Profissão Repórter, da Rede Globo, exibido na noite de ontem, 11 de maio. Ele abordou a questão da homossexualidade na família, trazendo personagens reais que vivenciaram este drama. Uma das entrevistas (a qual eu também ja entrevistei para uma matéria da Revista A Capa) foi a escritora, professora universitária e pesquisadora Edith Modesto (foto), criadora do GPH (Grupo de Pais de Homossexuais).

Edith faz um trabalho fabuloso à frente deste órgão, onde ajuda centenas de pais a enfrentaram a descoberta da homossexualidade dos filhos. Talvez um dos momentos mais difíceis na vida de um gay seja a hora de se abrir com os pais. O medo de perder o amor deles, o medo de ser rejeitado, o medo de sua vida nunca mais ser a mesma, o medo de perder o respeito dentro de sua própria casa. Muitas são os obstáculos a serem enfrentados neste momento delicado. Se puderem, procurem no YouTube o programa, pois é um excelente documentário e ótima iniciativa da Rede Globo, que por muitas vezes de mostrou hipócrita e preconceituosa.

Como sempre, a arte imitando a vida e usando a arte para modificar a vida. Quem sabe modifique a cabeça das pessoas que ainda têm uma visão arcaica da homossexualidade. Quem sabe...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quem tem medo da solidão?

Meu grande medo é a solidão. É aquele vazio escuro que tem dentro de você, que nas noites de edredon mais pesado muitas vezes te ataca, consome sua mente, gela suas mãos, condensa seu olhar, te deixa lá, pensando, relembrando, nostalgiando, só, sempre só. Tenho medo de ficar sozinho, de me sentir coadjuvante da vida, coadjuvante das pessoas, me sentir numa eterna figuração, nunca subindo de papel, nunca mudando de cena, nunca entrando num roteiro maior. Tenho medo de me sentir inútil, de estar e não estar significar a mesma coisa, de ser irrelevante. Quem não tem medo da irrelevância da solidão? Do gosto amargo do estou só? Do anti-emocional despertar e adormecer sempre igual, sem a mensagem de boa noite, sem a a mão e o beijo na testa? E não é carência. Carência é só uma armadura pra solidão. E quanto soldados armados temos por ai. Eu mesmo, eu sei, faço parte deste exército.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Despertar da Primavera


Canção de um Verão

[Ilse]
No coração da criança cresceu
Uma canção em tom maior
Que todos hão de ouvir também
E vão saber de cor

Que a dor se foi e a treva passou
Foram partes de um mundo infeliz
Como peças que um velho teatro encenou
E agora o tempo nos diz

Que vai brilhar
Um novo sol
E um verão vermelho
Vai tomar nosso quintal

[Todos]
A nova luz já vai chegar
E os olhos das crianças
Vão se abrir e acreditar
E vão viver por nós
E vão soltar os nós
E vão cantar
Em todas as manhãs, vão rezar
Por um eterno e novo
Verão vermelho

O que era dor
Ficou lá atrás
Na nossa primavera
Que já não volta mais
Janelas vão se escancarar
E vai entrar a chuva
E as crianças vão dançar

E vão viver por nós
E vão soltar os nós
E vão cantar
Em todas as manhãs, vão rezar
Por um eterno e novo
Vão pedir por um verão vermelho
Um eterno e novo
Vão pedir por um verão vermelho
Um eterno e novo verão vermelho

*Paulistanos, não deixem de assistir ao musical O Desperta da Primavera, que está em cartaz (últimas apresentações) no Teatro Sérgio Cardoso, na Rua Rui Barbosa, 153. É de se emocionar!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ostra Feliz Não Faz Pérola

Ostras são moluscos, animais sem esqueletos, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos -, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão..." Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava o seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho - por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia passou por ali um pescador com seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-a para sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Eleo tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa.

Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A resposta que encontoru foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven - como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa... (ALVES, p. 12)

ALVES, Rubem. Ostra feliz nao faz pérola. In: ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008.

domingo, 18 de abril de 2010

23 primaveras

2 para 25. E ae 5 para 30. E o tempo passa, eu amadureço, minha felicidade também. Porque tenho família que me ama e cuida de mim. Porque tenho amigos que me amam e cuidam de mim. Porque tenho amor, de dentro para fora e de fora para dentro. Por isso, 23 primaveras de muitas flores, e que venham mais arranjos, mais jardins, abelhas, polenização, cores, aromas, vento balançando, e até formigas, que me mordam, mas me guiem, me organizem. E ai cresce. E é nova primavera. Feliz vigésimo terceiro ano de vida para mim, o jornalista ariano das primaveras (que odeia escrever em terceira pessoa, mas hoje é dia dele, então ele está mimado e brega).

quarta-feira, 31 de março de 2010

Realidade dourada

Sou fã de BBB e já disse isso muitas vezes. O programa é muito interessante visto por diversos ângulos, seja por puro entretenimento, seja por análise de nossa sociedade. A final do programa, realizada na noite de ontem, provou o porquê eu tenho um pouco de nojo de viver em nossa tão "moderna sociedade".

Para mim este BBB foi uma prova do quanto nossa sociedade é sim preconceituosa, ignorante e homofóbica. Afirmo isso com base em alguns (vários) comentários que eu li em vídeos do BBB no Youtube. No vídeo da eliminação do Dicesar, participante gay assumido, por exemplo, dois comentários me chamaram a atenção: "ainda bem que o dourado tirou essas "bichinhas"...agora sim o programa ficou decente" e "não sei como a globo foi colocar seres humanos ao lado de gays num mesmo programa".

Esse é o pensamento do público que elegeu Dourado, um público que até pode aceitar gays, contanto que eles fiquem escondidos, discretos, sem jeitos e trejeitos. O gay não pode ser feminino, mas o homem heterossexual pode ser machista, cuspir no chão e coçar o saco? Muita hipocrisia não acham?

Mas não adianta xingar a Globo, sugerir manipulação de votos e tentar mil justificativas. Não. A única explicação é: nossa sociedade é assim. Dourado sentiu nojo e perdeu a fome quando os participantes falavam de relações gays, mas Dourado não foi homofóbico. O mesmo serve para aquele seu tio que faz piada sobre negros, mas ele não é racista. Ou quem sabe para você que respeita o cara que mora na favela, mas que ele não namore sua filha. O preconceito é velado, mascarado, deturpado, mas ele está lá, continua sendo explícito.

E, o pior, mesmo explícito, ele sempre é justificável. "Mas o gay não precisa ser feminino né, ele é homem, não mulher...", ou como diria Dourado, "seje gay mas seje homem". Essa talvez seja a frase que explique porque Dourado ganhou: ele recebeu votos de pessoas que acreditam que é preciso que "seje gay mas seje homem", assim, sem correções gramaticais e excesso de "moralismo".

sexta-feira, 19 de março de 2010

Últimas palavras de Babi

Por João Roberto Basile, meu pai

Olá, você chegou, quem mais chegou? Estão todos aqui, que bom, tenho com quem brincar, não tenho cachorros vizinhos amigos nem filhos gerados pra cuidar, então, preciso brincar com alguém, vamos brincar?

Não precisa comida pra mim, basta você me olhar e me fazer um carinho, olha aí, tenho bolinhas pra brincar, vamos brincar?

Não preciso de nada mais do que isso, basta você me dar atenção, todo dia eu te espero chegar em casa, não me canso, é só você colocar a chave no portão que eu já sei que é você, eu vou latir sim, vou fazer festa prá você, é assim que eu declaro meu amor por vocês, não faz mal que eu não tenha como fazer entender, abano meu rabo, é assim que sou....

Ontem ganhei uma massagem com coceira do pai, e uns pedacinhos de queijo, que bom, adoro queijo, espero que não faça mal, mas não estava bem, fui dormir cedo e cansada outra vez, meu pai me aconchegou na minha caminha como sempre, e eu dormi.........

Acordei mal, não conseguia respirar direito, minha mãe me levou pro médico, no caminho imaginei que não iria tomar banho, no caminho senti que algo não estava certo, fui colocada na mesa da médica, Tia Ana, ali eu percebi que algo estava errado, minha família se reuniu do meu lado com lágrimas nos olhos, todos que eu amo, e ao passar da hora senti um frio extremo tomar meu corpo, e um grande aperto em meu coração, como animal que sou não tenho forma de expressão humana, bastou apenas entender que havia chegado minha hora de descanso, que pena, pensei que viveria mais do que isso, mas o Senhor não quis assim, não tenho do que reclamar, foram 11 anos de muito amor com todos meus queridos donos....

Quem sabe na próxima vez eu consiga voltar de verdade na forma de uma criança, e ser amada e tratada dessa mesma forma que fui sendo uma cachorra.................

+ 19 de março de 2010

Últimas palavras de Babi

Por João Roberto Basile, meu pai.

Um último latido



Lembro-me de cada sensação, de cada detalhe...

Era uma terça-feira, feriado de 7 de setembro de 1999, Independência do Brasil. Eu e minha família voltávamos de viagem do interior, após dias muito gostosos de descanso. O carro foi estacionado na garagem, as malas foram sendo retiradas e, ao olhar para o outro lado da rua, eu
a vi. Lá vinha ela, pequena, branquinha, de orelhas champagne, com o tamanho de uma palma, frágil, alegre. Lá vinha ela ao lado de meu vizinho, uma pequena poodle filhote, uma criancinha pedindo colo e carinho.

Meu vizinho "tem 2 meses e pouco essa filhote, deu cria a cachorra lá do sítio...". E ela me olhou e veio na minha direção, como uma cachorrinha de pelúcia. Pulou no meu pé. Eu abaixei. Ela foi para meu colo. Olhei para minha mãe e ela me respondeu com o olhar "sem chances!". Minha mãe sempre teve muito medo de cachorros e eu sabia que jamais teria um em casa.

Mas tentei de novo "mãeeee...só essa noite...". "Sem chances". "Marisa, deixa ela dormir ai na sua casa essa noite só, sem compromisso, deixa o Paulinho brincar com ela essa noite". "Sem chances...tá bom, só essa noite". Embora ninguém afirmasse, todos já sabiam que aquele pequeno floco de neve jamais sairia daquela casa, casa que seria seu lar pelos próximos 10 anos e meio a partir dali.

Foram momentos únicos, de pega-a-bolinha, de corre-atrás-das-borboletas, de brincar-de-morder, de fingir-uivar-que-nem-lobos, de me-pegar-na-escola, de brincar-de-pega-pega, de tantos e tantos e tantos momentos deliciosos. Ela foi muito feliz e nos fez muito feliz.

Hoje ela foi brincar com os outros animais lá no céu e nós, aqui embaixo, sabemos o quanto amamos essa pequena gordinha, o quanto ela foi importante para nossa família, o quanto jamais a esqueceremos. Babi, você tem a eternidade agora para latir alegremente. Fique com Deus!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Poças empostas

Acordei com vontade de pisar em poças de chuva. Mas não quero as poças rasas, de certo modo límpidas, com esta ou aquela sujeira. Não. Quero poças marrom-escuro, poças profundas, poças extensas e sujas. Quero pisar naquela poça de barro, de lama, de sentir a terra se esgueirando entre meus dedos do pé, da sujeira se permitindo entrar na unha, da pele escorregadia, do cheiro de interior. Quantas vezes nos permitimos pisar em poças? Quando foi a última vez que você pisou em uma poça e deu uma bela gargalhada, e não um "[xingamento] e como vou chegar no meu trabalho assim? que [xingamento]"? Na infância? Talvez hoje eu tenha acordado na infância, acordado uma criança que quer pisar em poças sem medo, sem receio, sem drama, sem e com tudo. E você, pisa na poça comigo?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ressurge das cinzas de quarta

"Todo Carnaval tem seu fim,
todo Carnavasl tem seu fim,
e é o fim, e é o fim..."

É o fim?
Não!

"Deixa eu brincar de ser feliz
deixa eu pintar o meu nariz"

Amor de Carnaval dura até o final (do próprio Carnaval?)?

"Toda trilha é andada com fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer pra ver deitar o novo"

Nasceu...nascendo...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ha ha ha

"O riso é uma das ações mais sérias que existe" (por um conhecido apenas virtualmente em uma simples conversa de msn). Me fez pensar. É mais fácil rir ou chorar?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BBB X GLS

Uns dizem que é um programa fútil, de baixa qualidade. Outros são telespectadores convictos e não perdem uma edição sequer. Opiniões à parte, o Big Brother Brasil chegou a sua 10ª edição provando que o formato ainda tem fôlego no país e a receita, tanto de faturamento, quanto de audiência, ainda é alta. Boa parte desse sucesso se deve a sua produção, que em 10 edições sempre conseguiu inovar, seja na escolhas das regras, na dinâmica do grupo ou dos participantes escolhidos.

Essa edição ttem como diferencial a escolha do elenco: três participantes da casa assumidamente gays, além de tantos outros simpatizantes e, dizem, alguns bissexuais. O que levou a Globo a escalar essas pessoas? Respeito à diversidade sexual? Vontade de incluir a minoria? Ou apenas interesses em polêmicas, brigas e, consequentemente, aumento de audiência. A resposta talvez seja visível na forma como esse elenco foi abordado.

"Poxa, que legal, gays em horário nobre, sem medo de falar o que pensam, o que sentem, e a Globo mostrando tudo isso. Que respeito legal da emissora...". Essa opinião por um lado é verdadeira; realmente nunca na história do programa tantos participantes se declararam homossexuais e o assunto foi tratado tão claramente. No entanto, quando pensávamos que a inclusão da sigla GLS no BBB seria feita de maneira natural, espontânea, a dinâmica de jogo pôde mostrar que isso seria um erro.

"A casa será dividida em grupos". E lá foram rotular os 3 gays no grupo dos "coloridos". E lá foram colocar uniformes de arco-íris neles. E lá foram intensificar hinos gays como "YMCA" nas festas. E lá foram induzir o preconceito contra gays. E lá foi a Globo acabar com o "respeito à diversidade sexual" que muito poderia ter sido realizado.

Não entendo muito esse pensamento heteressexual de que "é gay, então tem que ficar junto com outros gays". Afinal, porque os 3 gays necessariamente têm que ficar juntos? Só porque têm preferências sexuais por pessoas do mesmo sexo? É aquela velha história que sempre me irritou entre amigos heterossexuais: "Nossa, eu tenho um amigo para te apresentar, ela também é gay, você vai adorar!". Perae! Eu tenho que gostar da pessoa só porque ela TAMBÉM É GAY? Seria o mesmo que eu chegar para um amigo heterossexual e falar "tenho que te apresentar uma mulher, ela também é heterossexual, você vai adorar!", e então trazer uma senhora de 64 anos, 125 kilos e sem dentes. Uai, ela é heterossexual, ele vai adorá-la!

Demonstrações da diversidade sexual são importantes até o ponto que as pessoas passam a ser descartadas como indivíduos e se tornam vistas sob rótulos. Na televisão brasileira infelizmente ainda vivemos com personagens gays em dois opostos: ou o gay pintosérrimo, que se traveste, que usa rosa, que fala fino e adora plumas, ou o gay "novela das 8", aquele que gosta de homem, as pessoas até sabem que ele gosta de homens, mas ele nunca nem esconstará em outro homem. É o gay assombração, ele existe na ideia, mas na prática ele é um fantasma.

Para finalizar, me perguntam o que acho dos personagens gays do BBB. Respondo: o gay afeminado, que dá pinta, que faz caras e bocas e usa muita maquiagem, o chamado "gay Zorra Total"; a drag-queen que só pelo falo de ser drag-queen já entra na categoria "personagem-comédia"; e, na minha opinião, a mais autêntica personagem gay do programa, a sapatão, que não se envolve com brigas, que não levanta a bandeira gay em cima da cabeça e que não tem como único assunto o "preconceito dos heteros contra os gays". É a mulher que gosta de outras mulheres, e ponto, sem delongas, sem exageros, sem personificações. Mas ela não faz comédia, porque ela é discreta. Talvez, por isso, provavelmente ela será eliminada na noite de hoje. Espero que não.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Versão dois zero um zero

Já se passaram 20 dias da virada de 2009 para 2010, mas, mesmo assim, quero ainda desejar um feliz ano novo para todos os leitores desse blog. Que realmente seja um ano maravilhoso para todos nós, realmente e virtualmente falando.

Não havia postado antes pois meu ano não me deu uma trégua ainda. Voltei nos primeiros dias do ano da viagem mais incrível que já fiz na vida: Buenos Aires. Comprei muita coisa diferente, comi maravilhosamente (ahh, as empanadas, ahh as hamburguesas...), enchi a cara de Quilmes e Chandon, conheci pessoas maravilhosas (viva Belo Horizonte, viva Sorocaba, viva São Paulo, viva Alemanha, viva Colombia, viva México, ops, não viva não, o mexicano era muito chato), conheci lugares fenomenais (mesmo sendo atacado por pombos assassinos na Casa Rosada). Voltei com algumas palavrinhas de espanhol em meu vocabulário (holla, que tal?) e a sensação que preciso rapidamente voltar para las terras portenãs.

Em São Paulo, muita chuva, reencontro de amigos, decepção com alguns amigos, envio de curriculuns (ainda sem respostas), idas ao hospital, discussões feias com meus pais, Big Brother Brasil (tema do próximo post), matérias para entregar com prazos curtos (uffa, deu certo), notebook pifando (minha HD se suicidou!), inscrição para pós-graduação (sim, esse ano voltarei a estudar), e um misto de situações e sentimentos que só minha cidade pode me proporcionar.

O que esperar desse 2010? Que seja um ano de desafios!