quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um amor no espaço


Hoje tirei minha noite para assistir a um dos desenhos concorrentes ao Oscar. Lembro-me de quando "Wall-e", desenho da Disney/Pixar, estreou nos cinemas, as críticas foram extremamente positivas. Todos diziam que era um desenho inteligente, com tema adulto, fantástico, muito bonito. Confesso que, como bom viciado em desenhos, fiquei entusiasmado para assisti-lo. Porém, o tempo foi passando, passando, passando, e acabei não tomando coragem de ir ao cinema para vê-lo.

Quando saiu a lista dos candidatos ao Oscar, percebi que as críticas positivas ao filme eram realmente bem fundamentadas [ou deveriam ser], afinal a animação concorre a nada menos do que seis estatuetas douradas. Sim, 6 Oscars! "Wall-e" pode conquistar os postos de Melhor Roteiro Original, feito impressionante para um desenho, Melhor Trilha Sonora [realmente fantástica], Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Canção [pela sentimental e apaixonante "Down to Earth", composta por Peter Gabriel e Thomas Newham], além de, lógico, concorrer ao Oscar de Melhor Animação, que deverá dar uma voadora em Kung Fu Panda.

O desenho conta a história de Wall-e, um pequenino robô que mora sozinho [ou melhor, na companhia de sua fiel escudeira, uma barata] em um planeta Terra devastado pela humanidade, humanidade esta que agora vive em uma estação especial. No entanto, depois de uma costumeira inspeção no planeta, realizada por uma robozinha chamada Eva, é encontrado uma pequena muda de planta. No meio da destruição, a muda significaria a possibilidade do repovoamento do planeta.

A partir daí, envolta pela grande aventura de levar a planta até os humanos, na estação espacial, e começar o plano do repovoamento, o desenho apresenta uma das mais lindas histórias de amor já reproduzidas no cinema: o amor do pequeno Wall-e com a robozinha Eva. Talvez se o Oscar conclamasse o melhor casal do ano, com certeza os dois robozinhos ganhariam o prêmio. Os dois personagem encantam, emocionam, dispertam sorrisos e olhos lacrimejados. Com pouquíssimas palavras ditas pelos robôs, o amor dos dois é consagrado com simples chamados de "Wall-e" e "Eva" que ecoam por todo o espaço.

Quando os letreiros começaram a subir eu pude entender porque "Wall-e" é considerado um dos melhores desenhos já produzidos pela Disney/Pixar. Porque o desenho é sincero, é humano, é, engraçado dizer isso de um desenho, mas é real. A partir de hoje ele está no topo da minha lista de "desenhos mais fofos que já assisti". Vale a pipoca!

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