segunda-feira, 16 de junho de 2008

Discussões filosóficas

Um dos momentos mais gostosos da minha semana é quando me reúno com meus três melhores amigos e juntos temos diversas discussões filosóficas sobre os mais variados temas. Ontem de noite, dirigindo de volta para casa, tivemos mais um desses momentos. Conversa vai, conversa vem, e um dos amigos diz “É o que eu digo: o romantismo nas grandes cidades deixou de existir”. Sua frase me fez pensar durante toda a noite.

São Paulo é uma cidade maravilhosa, grandiosa e movimentada. A vida noturna, principalmente na cena gay, é uma das melhores do mundo. Em uma simples noite você consegue conhecer diversas pessoas interessantes, diversos lugares interessantes, diversas experiências interessantes. Um lugar propício para se arranjar um namoro e viver um romance digno de cinema, certo? Nem tanto.

Embora grandiosa, São Paulo é uma cidade repleta de pessoas solitárias, mesmo sempre rodeadas de milhares de pessoas. Isso é perceptível no mundo das baladas. Pessoas se divertem, beijam quantas pessoas puderem, se drogam, vão para os dark rooms da vida, fazem de tudo para ter uma “noite inesquecível”. Mas e quando essa noite acaba? Elas voltam para sua solidão, para seu verdadeiro mundo, até o momento em que se saciarão novamente de mais momentos de superficialidade, e assim sucessivamente.

Outro exemplo foi a última quinta-feira, dia dos namorados. Concordo plenamente com o que o Valmir disse em seu post: apenas mais um dia comercial. Presenciei casais gays “apaixonados”, trocando presentes e juras de amor, jantando em lugares carésimos, dormindo em motéis finos, comemorando um lindo dia de amor. E, alguns casais que conheço, no fim-de-semana, dois dias depois, já estavam se traindo novamente, brigando novamente, fingindo que vivem um lindo conto de fadas, mas na realidade continuam a ser vilões.

Será que estou sendo muito pessimista? Ou ideológico demais? Será que ainda há esperança para as vidas solteiras e inteligentes numa cidade com milhões e milhões de habitantes como São Paulo? Ou será que o ser humano superficial que gosta mais de carteiras do que de pessoas, que prefere quantidade à qualidade ou que acha que sentimento se compra em sex shop irá prevalecer?

Boa semana para todos.

Um comentário:

Unknown disse...

tipo o conceito do dia dos namorados eh errado, assim como dia das mae e tudo mais. todos os dias sao dias de quem vc ama, mas enfim vou pensar mais sobre isso.
acho que em sao paulo assim como em outras cidades por ai as pessoas tem medo, por isso nao dividem nada com ninguem, mas tbm preciso pensar nisso.