domingo, 23 de novembro de 2008

"za za zu"

Borboletas no estômago, um frio na barriga, uma sensação de ficar com "cara de bobo" ou de precisar encontrar palavras para não dizer qualquer asneira. Quem, afinal, não gosta de sentir aquele sentimento que entra em nosso corpo quando encontramos alguém que seja enfim "the one". Como diria Carrie Bradshaw em Sex and The City, afinal, como não gostar de um "za za zu"?

Ficar um bom tempo solteiro em uma cidade como São Paulo é uma experiência interessante. Sim, interessante seria o melhor adjetivo para ser usado, pois há dias que os adjetivos seriam bem ruins, e há dias em que não haveria adjetivos suficientes para se definir um momento de satisfação. Mas, será que há como um solteiro viver sem um "za za zu" e ser feliz?

Ando em uma fase delicada de minha vida quando o assunto é relacionamentos. Há dias em que tudo o que preciso é apenas uma boa e velha noite de sexo. Sim, aquele sexo que não importa nada, não importa o dia seguinte, não importa aonde conheceu. Sexo, puro e completo. Mas há dias em que relacionamentos são irrelevantes, pois os amigos fazem o papel dos verdadeiros acompanhantes. Aquelas noites de dar risadas até a barriga doer, aqueles momentos simples e únicos responsáveis por tornar a amizade tão fundamental. Mas há também os domingos de chuva e sol entre nuvens, domingos em que apenas procuramos um "za za zu".

São Paulo é uma cidade onde se pode encontrar desde noites calientes de sexo selvagens, passeios deslumbrantes ao lado de amigos ou possibilidades de se encontrar um "za za zu". Porém, para os paulistanos tão acostumados com a cidade, com o movimento, com a rotina, com a mesma cidade e mesmas pessoas e mesmos programas, muitas vezes não se sabe por onde começar a procurar as borboletas. Por isso, muitas vezes, a cidade adormece com vários solteiros olhando por suas janelas e esperando que, no dia seguinte, um "za za zu" bata em sua porta.

O ano está acabando, o Natal já está nas decorações, os sonhos começam a novamente ser escritos em cartas para o Papai-Noel. Será que seria pedir muito um "za za zu" de presente? Ou quem sabe eu deva aprender a cultivar dentro de mim mesmo as borboletas"

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